segunda-feira, 12 de junho de 2017

Já vos falei do meu braço direito?

Penso que não, e hoje quero falar!

Quero falar-vos da minha primeira ajudante e trabalhadora da Lura, a Adriana.

A Adriana começou a trabalhar na Lura assim que começámos, se não foi logo na primeira festa realizada, foi muito perto disso.

É, tal como eu, uma miúda jovem (bem, falando a verdade um pouco mais jovem, digamos que tens uns filhos a menos...) que gosta muito de trabalhar com crianças, que cresceu neste campo maravilhoso, com a vivência do contacto com os animais e com a natureza, e isso nota-se em quase tudo o que faz.
É despachada, expedita e simpática.
Quando começou a trabalhar aqui na Lura, tinha as suas inseguranças e medos, mantinha uma postura um pouco mais séria (às vezes é fácil confundir, profissionalismo e competência com uma cara fechada) mas rapidamente ganhou confiança no seu próprio trabalho, desenvolveu a iniciativa , o espírito critico e criativo e agora, agora já é muito mais que um braço direito no meu trabalho.

Já passaram por cá outras caras, outras vidas, alguns deram uma ajuda pontual, outros fazem trabalhos igualmente importantes mas mais sazonais e a Adriana, ela mantém-se por aqui desde o inicio, para saber o porquê exato terão de lhe perguntar a ela, mas eu gosto de pensar que é porque gosta tanto disto, quanto eu!

As condições de trabalho nem sempre são as melhores, são as que conseguimos dar, mas quando se gosta do que se faz, tudo o resto vale a pena.

Trabalhar assim dá gosto!

Pois é, a Adriana está à vontade, conhece todos os cantos à casa, já domina todas as rotinas (até as que ainda não o são) e ultimamente, quando eu estou um pouco mais cansada ou sem capacidade criativa (que por vezes acontece) ela toma iniciativa, faz propostas, avança com atividades, e quando eu ainda estou a pensar “eh pah, para onde vamos agora?” já ela avançou ou me fez sinal para dar uma indicação precisa na hora H.
Em visitas de estudo ou festas de aniversário, o nosso trabalho completa-se, ela lembra-se de coisas com os mais pequenos que por vezes eu não tenho na memória (como os ritmos e rotinas de infantário, idas à casa de banho, hora da bolachinha, etc.) e eu tenho mais à vontade para falar, exemplificar e explicar, ela adora fazer pinturas faciais, eu faço mais balões

E além de tudo isto, desta relação de trabalho que só por si já é maravilhosa,
somos amigas.

Daquelas amigas que se lembram que a outra está sem comer há demasiadas horas, que preparam o café quando a outra está mesmo a precisar, que ficam a fumar o cigarrinho quando tudo termina só para desabafar um pouco, sobre o resto das nossas vidas...

E pronto, não vou continuar pois corro o sério risco de começar a raiar o lamechas.

Só quero deixar a minha moral da história:

É muito bom, quando estamos rodeados das pessoas certas!


Obrigada Adriana, por estares e quereres estar aqui!

Obrigada a todas as outras pessoas certas por estarem presentes aqui e/ou na minha vida!